Afinal, Quanto Dar de Entrada em um Apartamento na Planta?

O sonho da casa própria mora no coração da maioria dos brasileiros, sendo que cada pessoa segue ele de formas diferentes. Algumas pessoas, por exemplo, preferem comprar uma casa pronta, enquanto outras preferem comprar na planta. 

A decisão entre comprar um imóvel pronto ou na planta vai depender muito da necessidade e anseios do cliente, visto que a segunda opção é mais interessante para aqueles que não estão com pressa em se mudar e podem aguardar alguns anos até que o imóvel seja construído. Esta opção oferece maior flexibilidade na condição de pagamento, visto que o pagamento do valor necessário para, então, financiar o imóvel com um banco (em torno de 20% a 30% do valor do imóvel) pode ser diluído em um fluxo até que o imóvel fique pronto, oferecendo maior planejamento financeiro para a compra. 

Dito isso, quando dar entrada em um apartamento na planta? Para chegar nessa resposta, você precisa pensar em algumas partes importantes desse processo e ver se elas cabem na sua realidade no momento. Vamos lá?

Como é calculada a entrada?

O financiamento de um imóvel na planta acontece em dois momentos distintos, um durante a construção do imóvel, em que o pagamento do financiamento é feito diretamente para a Construtora e, depois, após o imóvel ficar pronto, quando o financiamento é repassado a uma instituição financeira e desligado da Construtora, passando o adquirente a pagar suas parcelas diretamente ao banco e este quitará o valor do imóvel com a Construtora. 

Os valores pagos durante a obra podem ser considerados como a entrada, já que o saldo devedor restante deverá ser quitado à vista ou financiado.

Na primeira etapa do financiamento de um imóvel na planta, a construtora não pode cobrar juros sobre as parcelas durante a construção do imóvel. Nessa fase só poderá ser aplicado o INCC, sobre o saldo devedor, que consequentemente, incidirá sobre as parcelas.

Essas parcelas anteriores à entrega das chaves são calculadas com base no percentual estabelecido para entrada, cujo mínimo pode variar entre 20% e 30%, de acordo com o que foi combinado entre o comprador e a construtora. 

Quais são as variáveis para um apartamento na planta?

Algumas variáveis na hora de dar de entrada em um apartamento na planta são capazes de impactar o seu planejamento. Elas precisam ser conhecidas para que você entenda como lidar com elas. 

1- INCC – Índice Nacional de Custo de Construção

O INCC precisa ser aplicado mensalmente sobre saldo devedor do financiamento de um imóvel em construção. Ele diz respeito à variação do custo da obra causado pela oscilação de preços da mão de obra e insumos empregados na construção.

O índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que considera fatores como:

  • preço dos materiais de construção;
  • custos de equipamentos;
  • custos de mão de obra;
  • contratação de serviços.

2 – Parcelas intermediárias

As parcelas intermediárias ou “balões” são uma forma de viabilizar a quitação da entrada dentro do prazo de entrega das chaves, sem que o comprador do bem seja obrigado a se comprometer com uma parcela mensal muito alta.

As intermediárias não são obrigatórias, mas podem ser acordadas com a construtora para datas específicas como a época do pagamento do décimo terceiro salário ou do adicional de férias do comprador. 

Lembrando que as parcelas intermediárias só funcionam para imóveis comprados na planta. 

3 – FGTS

Algumas construtoras aceitam acordos para a utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento da entrada de imóveis na planta.

É feito um contrato particular com a construtora, no qual você se compromete a utilizar o seu para o pagamento da entrada do imóvel. 

Como a construtora só poderá dispor desse dinheiro depois da entrega das chaves, é comum que ela peça outros tipos de garantia além do contrato, como veículos, imóveis ou notas promissórias.

Quanto dar de entrada em um apartamento na planta?

Para dar de entrada em um apartamento na planta deve-se levar em consideração a renda familiar. A parcela assumida não pode comprometer mais do que 30% da sua renda mensal em nenhuma das fases do financiamento.

Consequentemente, pense no quanto restará de saldo devedor após a entrega das chaves. 

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